Casos são mantidos em sigilo e podem motivar continuidade do sistema
hibrido
Às vésperas de serem retomadas as aulas presenciais nas escolas
da Rede Estadual de Ensino, ainda permanece a expectativa sobre qual decisão
será tomada pelo município de Itaúna no tocante ao retorno das aulas
presenciais para todos os alunos da rede municipal. A decisão ainda não foi
oficializada, ou mesmo informada a pais, alunos e tampouco aos servidores da
educação. A medida mais recente adotada pelo comitê especial de acompanhamento
dos impactos da Covid-19 e que será publicada nesta sexta-feira(29), foi a
redução do distanciamento entre alunos, que deixa de ser de 1,5m e passa a ser
permitido 0,90cm, medida que por muitas vezes chega a ser inócua em razão da
impossibilidade real de controle de movimentação e interação dos alunos nas
área de convivência aberta das escolas.
Apesar de ainda não ter sido oficializada, a decisão de se
manter até o final do ano letivo de 2021 o sistema de ensino hibrido, ou seja,
presencial/remoto nas escolas municipais pode ter bases nos casos de
contaminação de alunos e professores registrados em Itaúna.
O jornalismo da WEBTV RÁDIO SOL, obteve informações de uma
fonte que por receio de ser vitima de represálias e perseguições, não será
identificada e que nos informou que estão sendo registrados casos de
contaminação de alunos (crianças) que estão frequentando as aulas na rede municipal,
bem como de professores e que estes casos não estão sendo levados ao conhecimento
da população, passando uma falsa imagem de segurança.
Um dos casos aconteceu recentemente na Escola Municipal Artur
Contagem Vilaça, localizada no bairro Cidade Nova. Nesta escola uma criança de 7
anos cursando o 1º ano dos anos iniciais, contaminou-se com o vírus. Segundo
apuramos, após tomar conhecimento do fato, a escola comunicou o fato à
Secretaria de Educação, que orientou que a criança fosse afastada do ambiente escolar,
juntamente com o grupo de alunos que frequentavam a mesma sala de aula, um
total de aproximadamente 7 alunos e o professor. Entretanto entre o dia da
constatação da contaminação e o efetivo afastamento da criança já haviam se passado
5 dias, período em que o aluno(a), manteve contato com outros alunos, aqueles
que não compõem o que os professores chamam de “bolha”, tendo contato tanto na
área de lazer, quanto na cantina escolar, mesmo que mantendo o distanciamento
de 1,5m. A “bolha” foi afastada da escola na última segunda-feira (25) por um
período de 14 dias.
Ainda segundo nossa fonte a orientação da Secretaria de
Educação, foi para que somente o grupo de pais dos alunos pertencentes à “bolha”
do aluno(a) contaminado(a) fossem comunicados, mantendo sigilo da informação
para os demais que frequentam a escola.
Existe a suspeita que outros casos tenham sido registrados
nas demais escolas do município, recebendo os diretores a mesma orientação por
parte da secretaria.
A WEBTV RÁDIO SOL, entrou em contato com o Secretário de Educação
Wesley Lopes para tratar também deste assunto na manhã desta quinta-feira (28)
mas ele não pode nos atender para os devidos esclarecimentos em razão de uma reunião
para qual já estava agendado no momento em que ligamos.