A França identificou nova variante do coronavírus com mais
de 40 mutações genéticas, sendo que uma está associada a potencial aumento da
transmissão do vírus.
Segundo pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário
(IHU) de Marselha, que fizeram a descoberta, a nova estirpe do SARS-CoV-2 tem
46 mutações, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios.
A variante, da qual pouco ainda se sabe, foi batizada pelos
cientistas com as iniciais do instituto, IHU, e deriva de outra, a B.1.640,
detectada no fim de setembro de 2021 na República do Congo e atualmente
sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.
Na França, os primeiros casos da nova variante, que tem
designação técnica B.1.640.2, foram observados na localidade de
Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul.
Na mesma região, mas em Marselha, uma dezena de casos
surgiram associados a viagens aos Camarões, país que faz fronteira com a
República do Congo.
O IHU de Marselha, especialista em doenças infecciosas, é
dirigido pelo médico Didier Raoult, que recebeu advertência da Ordem dos
Médicos francesa por ter violado o código de ética. Ele promoveu o uso do
remédio antimalária hidroxicloroquina como tratamento para a covid-19 sem
provas de sua eficácia.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo
coronavírus SARS-CoV-2, detectado há dois anos em Wuhan, cidade do centro da
China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
A Ômicron, identificada em novembro, é a mais contagiosa de
todas as variantes do coronavírus consideradas preocupantes, apresentando
mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a "chave" que
permite ao vírus entrar nas células humanas.
Vários países, incluindo Portugal e França, têm atingindo
recordes diários de infecções devido à circulação dessa variante.
*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal
*Com Agência Brasil.
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