O governo pode reduzir de 10 para cinco dias o prazo de
quarentena de casos positivos assintomáticos, contaminados pela variante
Ômicron do novo coronavírus. A informação foi dada na manhã desta sexta-feira
(7) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista na chegada ao
Ministério.
Queiroga disse que, ainda hoje, vai se reunir com os chefes
da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) e da
Secretaria de Vigilância Sanitária para tratar desse assunto. Eles também
analisarão a possibilidade de permitir que servidores da área de saúde que
tiveram diagnóstico positivo para a variante, mas não apresentem sintomas,
possam fazer parte da linha de frente no atendimento aos pacientes com
covid-19. “Se eu não me engano, o CDC [Centros de Controle e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos] já deu essa recomendação [reduzir o isolamento dos
pacientes assintomáticos com Ômicron]. O governo francês está, inclusive,
autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atender na linha de
frente, por conta do número de casos. Então, isso está sendo analisado”,
adiantou.
Aos jornalistas, Queiroga ressaltou que há relatos na
comunidade científica sobre a segurança de se adotar a redução da quarentena e
a colocação de servidores assintomáticos no atendimento direto aos pacientes
com covid-19. “Possivelmente [o Brasil vai seguir essas medidas], porque isso
está sendo adotado em outros países e tem assento em evidências científicas. E
aí é possível que nós adotemos a mesma conduta. Isso naturalmente que está em
estudo na área técnica, na Secretaria de Vigilância em Saúde, na Secovid. Hoje
eu tenho uma reunião com os secretários justamente para tratar sobre esses
temas”, acrescentou.
Testagem
O ministro da Saúde disse ainda que a pasta pretende
aumentar a testagem da população. “É necessário fazer a testagem para
identificar o aumento no número de casos e fazer o isolamento das pessoas que
estão positivas, não é só testar por testar”, avaliou Queiroga.
Ômicron
Queiroga estimou que em até 30 dias o governo terá
informações mais claras sobre os perigos relacionados à variante Ômicron.
Com Agência Brasil
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