
Trabalhadores da Cemig se mobilizam contra possível aumento do plano de saúde
Segundo funcionários da estatal, se proposta for aprovada nesta sexta (21) representará aumento médio de 300% para cada trabalhador.
Trabalhadores da Cemig lotaram o Auditório José Alencar durante a reunião, que foi precedida de um ato público em frente à estatal contra a medida. Conforme relataram, essa proposta de reajuste foi apresentada pela direção executiva da Cemig Saúde ao seu conselho deliberativo nesta quinta (20) e pode ser votada nesta sexta (21).
Um requerimento endereçado à Cemig e aprovado durante a audiência pede a suspensão da reunião agendada para esta sexta (21) para votação da proposta. O documento é de autoria dos deputados Betão, Leleco Pimentel e Beatriz Cerqueira, todos do PT.
Além do reajuste das mensalidades, Marcelo Correia, conselheiro da Associação dos Beneficiários da Cemig Saúde e Forluz, disse que a proposta também inclui a retirada de patrocínio da Cemig, determinando que o valor de R$ 1.045,98 seja pago pelos beneficiários.
Trabalhadores criticam reajuste
O coordenador-geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais, Emerson Leite, também condenou o possível aumento do valor do plano de saúde.
De acordo com ele, a Cemig criou, no passado, duas estruturas de apoio a seus trabalhadores, em decorrência do adoecimento em função do trabalho e do envelhecimento dos mesmos: a Forluz que cuida da questão previdenciária e a Cemig Saúde.
“Agora é a vez da Cemig Saúde, mas o governo Zema tem atacado sistematicamente essas duas instâncias. E isso não é por acaso”, falou, enfatizando que a atual gestão aposta na privatização das estatais.
Corroborou a fala anterior o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e funcionário da Cemig, Jairo Nogueira Filho.
Ele contou que atua na estatal desde 1988 e o plano de saúde foi construído coletivamente na década de 1990. “Tinha ótima qualidade”, relatou.
Secretário-geral do Sindieletro-MG e secretário de Formação da CUT Minas, Jefferson Leandro Teixeira disse que essa luta une trabalhadores ativos e aposentados da estatal. Para ele, a precarização do plano integra uma intenção maior para privatização da empresa.